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Chamada de artigos - Revista ALAIC N°46 - 2024

Editada pela Associação Latino-Americana de Pesquisadores da Comunicação (ALAIC), a Revista Latino-Americana de Ciências da Comunicação é publicada quadrimestralmente. É uma revista científica de âmbito internacional, que tem como objetivo principal promover a divulgação, a democratização e o fortalecimento da escola latino-americana de pensamento comunicacional. Por outro lado, procura ampliar o diálogo com a comunidade acadêmica global e contribuir para o desenvolvimento integral da sociedade no continente. Disponível no site http://www.alaic.org/revistaalaic


CHAMADA DE ARTIGOS

Ano 2024 – Número 46 (maio-agosto)
Prazo para submissão de artigos: 30 de março de 2024
Publicação do dossiê: agosto de 2024
Tópico do dossiê: “Comunicação e mundo do trabalho”

APRESENTAÇÃO

Desde os primeiros movimentos da chamada racionalização científica do trabalho, os processos de comunicação entraram no mundo do trabalho. Das prescrições escritas ou orais, das reuniões às ordens do pessoal imediato (gestores e chefes), do modelo taylorista/fordista ao toyotismo, temos a intensificação do uso de estratégias de comunicação na gestão do trabalho.

Nos anos 2000, surgiu a hegemonia tecnológica do Vale do Silício, que entrou em uma conexão explosiva com a ordem neoliberal, dando origem a um novo modelo de negócios: empresas que controlam a tecnologia digital e se organizam como plataformas com diferentes perfis e interesses econômicos.

Se trata de empresas que tienen en común la gestión del trabajo algorítmico, la recopilación de datos, el uso de 'inteligencia artificial', con el fin de actualizar permanentemente la programación algorítmica, vender perfiles en el mercado publicitario, gestionar la vida pública y las relações sociais. Exemplos não faltam: interferência em eleições, fugas de dados, polarização política e religiosa, circulação de desinformação.

Estas empresas funcionam segundo a lógica da compressão espaço-temporal, promovendo a circulação de informações para a produção, compra e venda de bens de qualquer natureza. O trabalho não foge a esta lógica. A plataformização ou Uberização do trabalho espalhou-se por todo o mundo, especialmente nos países latino-americanos, onde existem multidões de trabalhadores, à espera de qualquer tipo de possibilidade de vender a sua força de trabalho.

O modelo de negócio destas empresas revoluciona o mundo do trabalho tal como o conhecemos, desespecializam os perfis profissionais e têm causado todo o tipo de incertezas. O ritmo acelerado e contínuo das mudanças cria um ambiente de insegurança, um campo minado para a formação profissional e intelectual das novas gerações. Os trabalhadores da comunicação, das artes e da cultura também passam por essa situação complicada para permanecer na profissão.

A precariedade, a perda de direitos, o assédio, a violência e a desorganização dos vínculos profissionais atingiram duramente a todos. A gestão algorítmica do trabalho reforçou estereótipos e preconceitos, provocando a repetição de ações racistas e sexistas. O modelo hegemônico de uso das tecnologias se impõe para apagar outras formas possíveis de apropriação do conhecimento da humanidade.

Mas há resistência. Outros usos da tecnologia são possíveis. Os Estados nacionais democráticos, a sociedade civil e os movimentos populares devem atuar pela soberania informacional, regulando o modelo de negócio destas empresas e buscando tecnologias alternativas. Os trabalhadores resistem, organizam outras lógicas operacionais na venda da sua força de trabalho: surgem arranjos alternativos, cooperativas, novos tipos de associações e sindicatos, ainda frágeis, mas surgem iniciativas esperançosas em todos os países.

Sugestões de temas para discussão:
Com base nessas ideias iniciais, propomos aos autores os seguintes tópicos como diretrizes para a proposição de artigos.

● formas pelas quais as tecnologias digitais e a plataformização mudam o mundo do trabalho para os comunicadores
● o trabalho na comunicação e na sua inserção na lógica do desenvolvimento capitalista, no impacto na qualidade de vida, na distribuição da riqueza, na participação política e na democracia.
● visões que incorporam uma perspectiva de género e identidades raciais e de classe na investigação sobre o trabalho em plataformas de comunicação.
● a formulação de políticas públicas, a liberdade de expressão, os direitos dos trabalhadores e a promoção do trabalho digno.
● mudanças no mundo do trabalho de jornalistas e comunicadores; modificações nos perfis profissionais e nos processos produtivos.
● impacto da digitalização no mundo do trabalho comunicacional: reestruturação produtiva, polivalência, precariedade, desprofissionalização.
● dataficação do trabalho, implicações para as atividades dos profissionais de comunicação.
● controlo algorítmico e gestão de plataformas digitais no mundo do trabalho comunicacional.
● “inteligência artificial” na economia do clique e as implicações éticas para as deontologias profissionais.
● a comunicação como conceito e prática estruturante das transformações no mundo do trabalho.
● processos de comunicação como racionalização da organização do trabalho.
● arranjos de comunicação independentes e cooperativas de trabalhadores como possibilidade de organização alternativa à lógica da plataformização.
● novas funções que surgem da plataformização do trabalho em comunicação.

Referências
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trabalhar. São Paulo: Boitempo, 2002.
______ (org.) Uberização, trabalho digital e indústria 4.0. São Paulo: Boitempo, 2020.
ABÍLIO, Ludmila Costhek. Uberização: foi um trabalhador just-in-time? Perguntas do
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BARROS, Janaina V. et. para o. A plataforma do trabalho diário assalariado: dimensões, regime de publicação e
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https://publicaciones.sociales.uba.ar/index.php/avatares/article/view/6320
FIGARO, Roseli. Comunicação e trabalho. Estudos de recepção: o mundo do trabalho como mídia
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GILLESPIE, T. A relevância de dois algoritmos. Parágrafo, v. 6, não. 1 pág. 97, Jan./Abr. 2018.
GROHMANN, Rafael. Plataformas controladas por trabalhadores. In: ANTUNES, R. ______(org.) Icebergs à
deriva. Trabalhar em plataformas digitais. São Paulo: Boitempo, 2023.
HELMOND, Ana. A plataformização da web: preparando a plataforma de dados da web. Mídias Sociais + Sociedade,
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MODA, Felipe Bruner. Trabalho por aplicativo: As práticas de gestão e condições de trabalho dos motoristas
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REBECHI, Cláudia Nociolini. As relações de comunicação entre organizações e trabalhadores no contexto da
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SRNICEK, Nick. (2018). Capitalismo de plataforma. Buenos Aires: Caja Negra Editora.
VIDIGAL, Viviane. Especializando-se na caixa de Pandora: os segredos da gestão algorítmica do trabalho. Teoria Jurídica
Contemporâneo. Vol 6, 2021 PPGD/UFRJ – ISSN 2526-0464, ID: e44817 DOI: 10.21875/tjc.v6i0.44817 

 

ORIENTAÇÃO PARA AUTORES 

Prazo para submissão de artigos: 30 de março de 2024
Os textos devem seguir as orientações da revista que estão disponíveis em:

http://revista.pubalaic.org/index.php/alaic/about/submissions



ARTIGOS E REVISÕES GRATUITAS
A ALAIC aceita artigos gratuitos (no âmbito da revista), entrevistas e resenhas de forma contínua, independentemente das datas dos dossiês.


COORDENADORES DO DOSSIÊ:
Roseli Figaro, Universidade de São Paulo, Brasil
Contato: roselifigaro@usp.br
Claudia Nociolini Rebechi, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil
Contato: claudiarebechi@utfpr.edu.br
Gabriel Kaplún, Universidade da República, Uruguai
Contato: gabriel.kaplun@fic.edu.uy
José Miguel Pereira, Pontifícia Universidade Javeriana de Bogotá, Colômbia
Contato: jmpereira@javeriana.edu.co
Teresita Vargas, Universidade de Buenos Aires, Argentina
Contato: e-mail: teresitavargas@yahoo.com.ar

Autor

Maria Camila Sánchez Delgado

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