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As desigualdades sociais e as injustiças estruturais determinadas pelas questões de gênero e sua interseccionalidade nos desafiam a uma reflexão crítica apoiada em uma diversidade de correntes teórico-metodológicas que têm produzido mudanças epistemológicas e produção de conhecimento. Os processos de comunicação permitiram reconhecer o ativismo da militância, suas dinâmicas, trajetórias e as subjetividades desses sujeitos coletivos que transcendem a dicotomia homem-mulher, e a América Latina tem sido protagonista em parte significativa desses movimentos.

O dossiê visa reunir pesquisas realizadas em diferentes regiões da América Latina que estabelecem conexões entre comunicação e gênero como dimensões centrais na construção de sentido para o tema proposto. A partir de abordagens interseccionais cruzando diferentes marcadores sociais, tais como: questões de raça, classe, identidades sexuais e étnicas e/ou combinando agendas contemporâneas de movimentos sociais de mulheres, ecofeminismos, ativismo feminista, o sujeito feminino silenciado e subordinado, violência de gênero, cuidado, direitos das mulheres, feminismo performativo, grupos antirracistas, feministas e LGBTI+, diversidade étnica, entre outros.